ESTÉTICA PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL.
Quando falamos de
Estética em Arte lidamos praticamente com um fato desconhecido ao senso comum
(o termo usado para designar o estudo do fenômeno artístico e à formulação de
uma teoria geral das artes). Estética, uma concepção do indivíduo moderno, um
campo de investigação da consciência, ou seja, como cada sujeito se comporta em
relação ao mundo e, a necessidade de conhecer os caminhos que o levariam da
percepção individual e singular sobre o mundo sensível (seu aspecto harmonioso
ou dissonante, por exemplo) à construção de conceitos universais, como os de
belo, sublime, grotesco, entre outros, que formariam a base para um julgamento
seguro sobre a arte além-campo da investigação sobre a relação da obra com seu
modelo, isto é, do campo da teoria para o campo da recepção da obra pelo
espectador. Questiono, pois que a Arte como expressão dos sentimentos por meio
das linguagens artísticas (música, teatro, dança artes visuais, entre outras).
No entanto, hoje, se retrata como um objeto artístico o que pode ser um quadro,
uma escultura, uma instalação, um filme, um ato performático, a conjunção e até
mesmo a anulação de todas essas possibilidades. Os significados mudaram muito
ao longo da história desde o período pré- histórico até o que nos permeia
atualmente, dessa forma, a Arte evoluiu de acordo com a humanidade. A música em
si e o aprendizado musical passa por uma recapitulação de valor longo da
história, pois a música esteve desvinculada da educação durante algum período e
hoje volta com um novo olhar, uma nova intenção, num outro momento. Lembrando
que há pedagogos musicais que buscavam a sensibilização integral da criança
quanto ao fazer e ouvir musica como: Jacques Dalcroze; Zoltan Kodaly; Edgar
Willems; e a Shinichi Suzuki, Murray Schafer, Keith Swanwick e John Paynter,
assim, contribuíram com novas estratégias em relação ao desenvolvimento
cognitivo-musical da criança, à educação sonora e aos aspectos psicológicos
observados nas diversas fases da infância e da adolescência. O dialogo entre a
disciplina de Estética e a música é possível sim, pois nota-se que há uma busca
por uma compreensão estética o aluno é apresentado à diversidade musical, mas
precisa estar inserido em uma cultura
musical,
nos saberes, crenças e valores de uma prática musical. Por exemplo: Nas
representações musicais em relação ao mundo e aos sentimentos arriscam-se
provável indução por parte do professor e por parte do aluno, os mesmos podem
partilhar um erro em comum como também estabelecer ligações duvidosas.
A disciplina de
estética reflete sobre a presença das Artes, na escola e nos leva a necessidade
de compreendermos a realidade mediante as contradições sociais, culturais,
econômicas e políticas, pois isso que define as condições concretas para a
educação e nos transforma como educadores em busca de redefinir, ressignificar para dar um novo olhar às coisas meramente cotidianas ao senso comum.
MARTA
DA SILVA SANTOS BRANDOLINI
2016